sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Egoísmo.

- Não… Não… E NÃO!! Hoje não.

Deixo me tomar por instintos.

- Para de palhaçada! Você sabe muito bem que isso é errado

É... Eu sei.

- E daí? Não quero raciocinar! Não quero ponderar nem colocar na balança.

Não mesmo.

- Ah... Vai dar ataque e sustentar esse sentimento escroto dentro de você?

Babaca.

- Não enche.

Cara chato.

- Para de chorar e coloca a cabeça no lugar, Imbecil!
...

Ah! O Ser humano. O único ser vivo que é tão egoísta, mas tão egoísta, que para poupar si mesmo, mata, a si mesmo. Entendem a lógica do raciocínio? Não? Paciência. Não to afim de explicar. Sabe aquela má vontade que mesmo você entendendo o lado de todo mundo você ainda sim não abre mão do seu ponto de vista? É! Egoísmo mesmo. Fazer o que? Eu sou humano.

- Não use muletas para perder a cabeça! Assuma!

Lá vem.

- Assumo mesmo. ESTOU EGOÍSTA!

Pronto.

- Está? Ô palhaço. Ou você é ou não é...

Ma que desgraçado.

- Escuta aqui amigo. Hoje eu não to afim de pensar. Quer mesmo arrumar uma confusão?

Vou ver se ele fica quieto.

- Cara, se eu arrumar confusão com você sem pensar, eu vou acabar com você. Vai dormir.

Huh?

- ....?

Huh?

- É... Isso mesmo. Você vem com toda essa ladainha de dominação por instintos, que o
ser humano é egoísta na sua essência. Se você tem essa clareza, deveria ter o diferencial para não cair na mediocridade.

Deus... O que eu fiz?

- ....!!

Olho para o lado, evitando contato visual com o espelho.

- Toma um banho, come alguma coisa, pega o carro e xinga um taxista... E volta com a sua cabeça pro lugar. Vai jogar tudo pro alto assim? Sem pensar? Vai, faz isso, seu MEDÍOCRE... Você é só mais um mesmo. Não sei o que eu fiz para ficar grudado à uma pessoa tão fraca quanto você.

Meu olhar abaixa. Envergonhado.

-....

Não quero nem olhar no espelho.

- Ta vendo cara. Sem sua consciência, você não é nada. Nem brigamos e eu já acabei com você. Bota a cabeça no lugar. Faz a sua parte. O que vier, veio. Pelo menos você fez o seu.

O tom dessa última frase, soou com um conselho amigo. Quase pude sentir os dedos bagunçando meus cabelos como quem fala com uma criança. Dando uma ajuda.

- ... !

Solto um longo suspiro.

Esse mês foi diferente. Mudanças, experimentos, coisas novas em geral. Até mesmo hoje, deparei com um sentimento que eu achei que tinha conseguido dominar. Mas é isso. Talvez essa onde de mudanças bruscas tenha mexido comigo. Mais do que eu pensava.
Termino com uma frase de uma música. Só pra variar.
“Não sabemos para onde vamos, mas sabemos que temos que ir”

3 comentários:

Anônimo disse...

Tá muito booom...
Gostei da parte das muletas, me identifiquei bastante...não sei pq..
Beiijo

Flavio Faria disse...

Brilhante..
Só que ainda me perdi nas frases.. de quem é quem!!
Continue a escrever... sempre.

Abraços. Flavio

Madchester disse...

Goodbye childhood!

Welcome my friend!