sábado, 21 de fevereiro de 2009

Despretensiosamente.

Tudo parecia normal. Uma despretensiosa tarde de quarta feira onde ele tinha combinado de encontrar um conhecido. Marcaram em um lugar conhecido, este conhecido mencionou algo sobre rever uns amigos, mas nada importante, ou nada que parecia ser importante na hora. Lá foi ele, na direção do local. Chegando lá, viu seu amigo, em uma mesa cheia. Do lado dele, estava ela. Assim que chegou, cumprimentou o conhecido e a mulher, puxou uma cadeira e sentou-se entre eles e começaram a conversar. A conversa fluiu com uma facilidade invejável, piadas, risadas, um colocando o outro em momentos desconcertantes. Coisa normal. Era como se os três fossem conhecidos de longa data. Mas ele nunca tinha visto ela. E se encantava. Se era bonita? Era normal. Se era bem encorpada? Repito, era normal. Mas algo nela, alguma coisa chamava a atenção. Ela vestia uma sandália preta de salto, uma calça preta e uma daquelas blusas que parecem um vestido curto, que vai até o meio da coxa. Uma boa roupa para uma tarde de verão. Conversaram por aproximadamente uma hora e meia. Muita em comum e ao mesmo tempo muita coisa incomum. Se levantou, se despediu dela e caminhou de volta para o carro com um sorriso no rosto pensava na mais proveitosa hora e meia que teve naquela semana. Foi pra casa e riu. Riu por que tinha conhecido uma pessoa sensacional e provavelmente nunca mais a veria de novo. Riu por que essas situações sempre acontecem. Riu, por que apesar de saber tudo isso, ia tentar ter algum contato com ela.


Adicionou ela no Orkut e mandou uma mensagem. Uma semana depois e nenhuma resposta. Riu de novo, olhou para a página da internet aberta no perfil dela, lembrou daquela tarde e falou para o monitor, esperando que um dia ela pudesse escutar.

“Mulher, porque você teima em pisar no meu coração com seu salto?”