Pegou a granada, puxou o pino mas não soltou trava. Olhava fixo para o nada. Imerso em seus próprios pensamentos, parecia que estava flutuando no meio do espaço, cercado apenas de vácuo e escuridão. Apertou a granada com a mão, respirou fundo e... Colocou o pino de volta, cuidadosamente. Sorriu. E foi puxado de volta para a terra por uma voz que perguntava:
- Ei, você tá bem? Tô te achando meio estranho...
Ele sorriu de leve, balançou a cabeça negativamente, enfiou as mãos no bolso discretamente para esconder o artefato explosivo e suspirou.
- Tá tudo certo. Eu tenho que ir. Até amanhã...
Saiu pela porta e foi pra casa.