domingo, 20 de maio de 2007

O filósofo.

Eu tava em casa um dia desses ouvindo música. Coloco aquele “Shuffle” Do Winamp, sabe? Aquela opção que ele fica tocando as músicas da sua playlist randomicamente e sempre toca uma música que você nem sabia que tinha baixado. Bom... Tava assim. Aí entrou a música de um amigo meu. Bonita, muito bonita. De repente veio uma frase da música. Que me fez pensar. “E aprenderei dessa vida, que não há amores ruins.”

- Há... Ta vendo? É o universo conspirando.

Do que esse cara ta falando?

- Que universo? Conspirando pra que? O que você fumou hoje?

Ta maluco!

- Cara... Ta na cara. Você tava meio cabisbaixo esses dias. Pensando no passado. Até falou sobre

isso com a Elaine!!

Poutz... Ele ta certo.

- E daí? O que isso tem a ver?

Ele sempre tem uns caminhos estranhos para falar o que ta pensando.

- Não se faça de imbecil, seu imbecil. Você sabe muito bem do que eu to falando! Ou vai querer que eu relate a conversa toda aqui? Pra todo mundo ler?!
Filho da mãe.

É... Ele tem um pouco de razão... Andei comentando o passado com uma amiga e relatando como as coisas não tinham se saído bem pra mim. E como eu tava retomando contato com a pessoa em questão. Enfim. Ainda sim... Nada a ver. O Universo. Que besteira.

-Besteira? Ouve a música que ta tocando!!

Olha! Me perdi escrevendo que nem percebi a outra música que entrou. ... ... ... ... Ah! Ta de

sacanagem! Outra música desse mesmo amigo que diz: “Eu sei que vou te esperar amor.”

- Há... É o universo cara.

Eu vou bater nele.

-Ok! É o Universo. E o que nos infernos o universo quer me dizer?

Vamos esclarecer as coisas.

- Que você é um Imbecil!

!!!!

- Ah! Chega!

Desgraçado

- Ok, ok, ok. Estou brincando. Não tem nada de imbecil, dessa vez. Eu sei lá o que ele quer te

dizer. Só to apontando. Você não vive dizendo que é um filósofo. Que só problematiza. Então...

Estou problematizando pra você!

Mas ora veja. Usando meus argumentos contra mim.

-E o que eu faço com esse problema?

Vamos ver se ele tem resposta pra tudo mesmo.

- Sei lá. O problema é seu!

Como assim?

-Você não é parte de mim? Então é seu também.

Vamos ver se ele toma consciência.

-De fato. Mas é você que absorve tudo. Eu não vou sofrer... Você que vai.

Filho da mãe.

- Filho da mãe!

FILHO DA MÃE.

- Hey cara. Não chora. Lembra. Eu sou um filósofo. Assim que você chegar a uma conclusão, me

avisa!

...