terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Ontem.

Acordou cedo, sozinho, sem despertador nem nada. Olhou para os lados ainda a com a vista embaçada. Sentou-se na cama tentando juntar as peças da noitada de ontem. Tentando achar aquele pedaço que faltava, como em um filme classe-B no qual se perde uma parte e se emenda na outra, sem pudor nenhum. Esfregou as mãos no rosto, a cabeça um pouco doída. Tomou impulso e se levantou. Respirou fundo enquanto caminhou devagar para a cozinha. “Café da manhã, é disso que eu preciso”. Pensava enquanto caminhava devagar, não tinha pressa nenhuma. Enquanto preparava o banquete composto de uma torrada e uma xícara de Nescau, as imagens voltavam à sua cabeça. O filme se completava aos poucos e ele ia percebendo que não tinha feito nada de mais, senão beber em demasia. Esticou o braço até o armário, tirou um tylenol e tomou, só para garantir. Sentou-se para comer. E ao mesmo tempo que desistia de pensar na noite improdutiva, lembrou-se da tarde anterior. E nesse momento, seu celular apitou. Caminhou em passos lentos, pegou o aparelho, leu a mensagem e sorriu.

- “Adorei nossa conversa ontem”

Fechou o celular, o guardou no bolso e voltou a comer.

Quem manda bem... Manda bem.