sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Coletivo.

Quando percebeu, estava naquele coletivo imenso. Sentado e cercado de pessoas. As pessoas iam e vinham, passavam por ele sem notá-lo. Procurou alguns conhecidos mas, ou estavam distantes de mais ou não poderiam ajudá-lo. Que diferença fazia? Estava só. Ele e aquele sentimento de vazio. O coletivo andava rápido, as coisas passavam e ele nem via acontecer. Algumas ainda davam para antecipar, mas muitas... Muitas mesmo... Passavam. Simplesmente passavam. Não era possível precisar se ele estava apenas distraído, se aquela era a natureza dele ou se as coisas era difíceis de ver, mas a verdade simples e fria é que aconteciam... E passavam...

O vazio instalado dentro dele só aumentava, ele estava angustiado. O coletivo continuava a andar independente do que se passava, do que ele sentia, independente dele...

Teve a idéia genial, levantou e bradou a plenos pulmões:

- Ô chefia... Para o mundo no próximo ponto, por que eu preciso descer...